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segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Beyoncé - Rise Up (fan made)

Travesti não é saco de pancadas.

Retornei hoje amados leitores e seguidores, bati a poeira, entre recordações e ansiedades resolvi reviver os dias em que postei tanta coisa e tantos textos, musicas e videos sobre as tematicas. Vivi, muita coisa, batalhei muito nesse periodo afastada, mas eis me aqui. resurgindo das cinzas, como a fenix reapareço, remodelada, repaginada, novo lay out. Vamos falar um pouco sobre esse tempo que o blog deu um tempo, as causas, as lutas as vitorias e as conclusões. foram ai alguns anos, passados, amigos e amigas que vieram e se foram como o vento. amores que arrancaram suspiros e muitos que muitas lagrimas me fizeram derramar. Mas hoje especialmente hoje venho com o tema: travesti não é saco de pancada! Eu me iniciei crossdresser, nunca gostei dessa descrição, sempre me intitulei como diz minha amada mãe. Formei opinião de alguns, agucei o odio de muitos, me orgulho de tudo que passei. pensava que quando fizesse minha transição tudo seria diferente, que nao mais precisaria enfrentar mais tantos pre conceitos e barreiras. estava enganada! A vida em sociedade me mostra que nao adianta você querer fazer a diferença porque devido a conduta de alguns individuos todos irão pagar e pagar um preço alto. Somos muitas vezes carimbadas pelas barreiras e portas que tantos nos fecham mas nao deixam de procurar muitas que por falta de oportunidades se sujeitam a ir para a famosa batalha. Eu particularmente consegui escapar da rua da br ou da praça.Mas nao julgo as muitas irmãs que lá estão fassa chuva ou noite de lua clara. Sim o preço é muito alto, quantas de nós ainda sofre por transfobia, e sao agredidas verbal ou fisicamente, psicologicamente... Quantas ainda tem vida dupla de dia Joao e a noite Mary Glitter?. Quantas de nós foram e são ainda iludidas na hora de amar?. Somos sim o saco de pancada da sociedade mesmo o tempo passando, se modernizando. Quantas mães adoram ter amizade com a travesti mas se desesperam ao ver seu filho o homem de familia interessado em uma?, qual o empresario que adora ter seus momentos de prazer mas nao nem em sonho assume o sentimento real e resolve levar uma trans a serio?. Somos deusas profanas, sim sagradas na arte da admiração e do prazer mas profanas quando desejamos ser familia , constituir familia. Quantas se sujeitaram a situaçoes constrangedoras e desconfortaveis, aguentam pessoas sem o minimo senso para nao serem sozinhas?. É , amados leitores e seguidores, muitas de nós nao temos o direito de sonhar em ser , ter familia. Mas digo as milhoes de irmãs no mundo, nao se calem, nao se permitam ser saco de pancada de ninguem nem hoje e nem nunca. Não fassam como muitas que perderam sua essencia sua auto estima, sua personalidade pelos maus tratos sofridos. Somos acima de tudo humanas e merecemos o amor como qualquer outro ser! Camilla Hadassa Hernandes.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

A fascinante vida de Lili Elbe





 a primeira transexual a entrar para a história Um romance desenterrou sua vida, mas 18 anos se passaram até ser levada ao cinema Guardar
Naquele dia a modelo não apareceu. Gerda Wegener, a jovem ilustradora que ganhara espaço com seus estilizados retratos femininos, queria terminar seu esboço e, por sugestão de uma amiga atriz que passava por ali, pediu a seu marido, Einar Mogens, que sempre tinha sido magro e esbelto, para colocar o vestido com saia plissada, os sapatos de salto e as meias. Bastaria posar por um momento.
Alguns anos mais tarde, Lili se transformaria legalmente em Lili Elbe, a primeira pessoa transexual, ou pelo menos a primeira registrada, ao passar por um procedimento de redesignação de gênero. Primeiro se submeteu a uma castração cirúrgica sob a supervisão de Magnus Hirchsfeld, o famoso médico alemão que fundou a primeira associação de defesa de homossexuais e transexuais, e depois passou por várias operações nas mãos de Kurt Warnekros, o cirurgião de Dresden a quem Elbe se referia como seu criador e salvador. Em 1933, Warnekros planejava completar o processo implantando em Elbe um útero e criando uma vagina artificial, mas a artista (que já quase não era: Elbe pensava que a arte pertencia a Einar, a seu passado) não resistiu à cirurgia e morreu dias antes de completar 50 anos.

Uma luta solitária
Apesar de sua relevância, a história de Lili, que escolheu como novo sobrenome o nome do rio que passa pela cidade onde voltou a nascer, o Elba, só era conhecida entre acadêmicos e ativistas da comunidade LGBT até chegar à mãos de David Ebershoff há 18 anos. Ebershoff, então editor da Random House, a romanceou no que seria para ele sua estreia literária, The Danish Girl (A Moça de Copenhague, Rocco). Depois de muitas voltas pelos escritórios de Hollywood – durante algum tempo, Nicole Kidman esteve associada ao projeto – o livro finalmente chegou ao cinema pela mão de Tom Hooper e com Eddie Redmayne e Alicia Vikander nos papéis de Lili e Gerda. O autor está orgulhoso: “Em setembro, visitei o túmulo de Lili em Dresden e o diretor do cemitério me disse que todo mês umas 10 pessoas vão lhe prestar homenagens. Deixam flores e velas ou passam tempo com ela. Imagino que o número tenha aumentado nos últimos anos e que, com o filme, se entenderá ainda mais quem foi e o que conseguiu. É por isso que precisamos de mais histórias e é por isso que o público ouviu e aceitou as de Caitlyn Jenner, Laverne Cox, Chaz Bono, Renée Richards e muitos outros. Cada vez que uma pessoa transgênero conta sua experiência, nossa compreensão coletiva cresce”.
Gerda Wegener, A Summer Day, 1927.
Quando Ebershoff fala em “pioneira” o termo adquire conotações heroicas, mas ser o primeiro, neste caso a primeira, a chegar a qualquer lugar significa fazê-lo na mais absoluta solidão. Elbe não tinha sequer uma palavra para se definir. O doutor Hirchsfeld, que durante toda a sua vida tentou fazer da pesquisa sobre sexualidade e gênero uma disciplina médica tão respeitável como qualquer outra, tinha acabado de cunhar o termo “transexualismus” para se referir àqueles que queriam se transformar no sexo oposto, e não só imitar sua aparência. Ninguém contou para Einar. Os médicos que consultou durante sua juventude na Dinamarca qualificaram-no de histérico ou pervertido. “Uma das coisas que acho mais significativas sobre Lili Elbe é que ela não teve exemplos ou modelos, nenhum mentor a quem admirar, nenhum recurso, nenhum meio que refletisse sua vida e praticamente nenhuma informação médica. Não só percorreu um caminho inóspito, como teve de ir lançando os alicerces desse caminho. Estava sozinha, a não ser por sua esposa”, diz Ebershoff.
Depois de quase duas décadas vivendo como mulher com uma biografia inventada, a história de Lili se tornou pública e causou em seu país um barulho similar ao gerado por Christine Jorgensen nos Estados Unidos nos anos 1950. Jorgensen, o soldado que combateu na Segunda Guerra Mundial que passou por uma cirurgia de redesignação de gênero, tornou-se uma celebridade menor e objeto de fascinação para os tabloides. “Quando sua história veio a público, Lili não teve outra opção a não ser sair do armário e contá-la”, relata seu biógrafo. “Por um lado, desfrutou da oportunidade de contar sua transição, mas por outro hesitava sobre como o mundo responderia. Parte de Lili amava a atenção, mas outra parte só queria ser uma garota dinamarquesa com uma vida normal”. Transformar-se em figura pública obrigou-a a romper com seu passado e com Gerda. A Dinamarca reconheceu sua nova identidade com um passaporte e anulou o casamento. Lili nutria ilusões fantasiosas, como conceber um filho com seu novo parceiro, mas tinha premonições sombrias. Antes de passar pela operação que a mataria, escreveu a um amigo: “Provei que tenho o direito de viver existindo como Lili durante 14 meses. Podem dizer que 14 meses não são muito, mas para mim é uma vida humana completa e feliz”.
De candente atualidade
Não é coincidência que o filme tenha se materializado agora e não há cinco ou dez anos e que tenha conseguido uma distribuição invejável – para Redmayne é seu primeiro papel depois do Oscar e Vikander vive um momento estelar com Ex Machina e Testament of Youth. Caitlyn Jenner, Transparent, Laverne Cox e Andrej Pejic entre outros conseguiram dar visibilidade às reivindicações das pessoas transgênero. A Garota Dinamarquesa foi apresentado na Casa Branca em um evento dedicado aos direitos dos transexuais. O fato de ser dirigido por Hooper, um diretor de quem se pode dizer que tem um gênero “oscarizável” (são dele O Discurso do Rei eOs Miseráveis) já é significativo por si, como ele mesmo admite em uma entrevista à revista Time: “Agora todo mundo acredita que é uma opção óbvia para mim; diz muito da revolução ocorrida na aceitação das histórias trans”. A escolha de Redmayne, no entanto, não esteve livre de polêmica. Destacou-se que Elbe deveria ser interpretada por uma atriz transexual. David Ebershoff, pelo menos, está satisfeito com o ator cisgênero (o contrário de transgênero) e heterossexual que dá vida a sua Lili. “Quando visitei o set, vi que Eddy derramava cada gota de seu talento interpretando-a com profundidade, sutileza e uma ampla gama de emoções. Como escritor, eu não gosto da ideia de que algumas histórias estão fora de meu alcance”. Mesmo assim, reconhece a necessidade de levar em conta essas vozes dissidentes. “Lili é uma parte importante da história dessa comunidade. Orgulham-se dela e sua vida precisa ser contada com empatia e dignidade”.http://i.huffpost.com/gen/3991096/images/o-LILI-ELBE-EDDIE-REDMAYNE-facebook.jpg



segunda-feira, 13 de junho de 2016

A Garota Dinamarquesa

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Emocionante, uma hisotória com certeza de superação, observando ate onde os pre conceitos chegam e até onde conseguimos ir adiante para buscar as forças necessarias, porem tambem nos retrata a pensar no medo da solidão, na ausência que o amor , a forma que um companheiro nos fara.
Deixo aqui a minha critica pessoal a este drama.
Muito me emocionei vi minha historia muito similar e nao somente a minha mas de muitas de nós mulheres trangero. Até que ponto estamos pensando na adequação para nossa realização e ate que ponto estamos nos adequando para enfim enfrentar com menor preconceito a sociedade ou agradar alguem?.
Quantas Lilis existem ainda em nosso meio? eu conheço muitas.
Observei a preocupação e a mensagem subliminar  da eterna maldição da solidão eterna.
Na trama lili se descobre e se aceita mas com o apoio da esposa, me pergunto e as Lilis que  sao sozinhas?.
Muitas lagrimas foram derramadas durante o drama em fita, e muitas argumentaçoes apareceram alguns conceitos no intimo foram contestados. Eu aos 40 anos pude entao gritar sou trangenera, somente aos 40 pude ter coragem de assumir isso em familia. E nao ser vista como um monstro anormal.
Sugiro até mesmo caro leitor e seguidor que possa assistir a tal filme e comigo tente chegar a algumas certezas.
 
  
 Dados do Filmes:
 
 
The Danish Girl) (A garota Dinamarquesa)
Elenco:
Alicia Vikander – Gerda Wegener
Eddie Redmayne – Einar Wegener / Lili Elbe
Amber Heard – Oola Paulson
Matthias Schoenaerts – Hans Axgil
Ben Whishaw – Henrik
Emerald Fennell – Elsa
Sebastian Koch – Warnekros
Rebecca Root – Enfermeira
Direção: Tom Hooper
Gênero: Cinebiografia, Drama
Duração: 120 min.


Distribuidora: Universal Pictures
Orçamento: US$ 10 milhões
Estreia: 11 de Fevereiro de 2016
Sinopse: 
O drama biográfico apresenta ao público a história de Lili Elbe – primeira mulher transgênero a se submeter a uma cirurgia de redesignação de sexo. Ao lado de Alicia Vikander – no papel da mulher de Lili, Gerda Wegener -, Eddie Redmayne dá vida à artista e traz para os cinemas os dramas pessoais, a vida profissional e a jornada de Lili até ser considerada pioneira transgênero.
Curiosidades: 
» Eddie Redmayne, vencedor do Oscar por ‘A Teoria de Tudo‘, tem grandes chances de levar a estatueta novamente na pele de uma transsexual. Não ficou a cara da Jessica Chastain (‘Histórias Cruzadas’)?
» ‘A Garota Dinamarquesa‘ marca a nova colaboração de Eddie Redmayne com o diretor Tom Hooper após o musical ‘Os Miseráveis‘.
» Einar Wegener seria vivido por Nicole Kidman (‘As Horas’), que abandonou o projeto após atrasos na produção.
» Gwyneth Paltrow viveria a esposa, mas também se desligou do projeto, alegando compromissos familiares. Ela havia sido contratada para substituir Charlize Theron, que também abandonou a produção.

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